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Março de 2017 ficará marcado como o mês em que as trabalhadoras e os trabalhadores brasileiros deram contundentes demonstrações de força contra os ataques aos direitos da população que vêm sendo promovidos pelo governo ilegítimo de Michel Temer. Afiliadas da Internacional de Serviços Públicos (ISP) têm tido participação ativa nessa luta.
No Dia Internacional da Mulher, dezenas de milhares de mulheres protestaram em várias cidades pelo direito ao aborto, contra a violência de gênero e contra a reforma da Previdência proposta pelo governo. Em 15 de março, Dia Nacional de Lutas, Paralisação e Mobilização da classe trabalhadora, greves, paralisações, ocupações, marchas e manifestações multitudinárias pararam o Brasil.
E, na última sexta-feira, 31 de março, outra jornada de lutas nacional parou o país, como uma preparação para a greve geral de 28 de abril. As pautas principais foram o rechaço às reformas da Previdência e Trabalhista e ao Projeto de Lei que permite a terceirização indiscriminada, além da palavra de ordem “Fora Temer”. Apesar do forte recado das ruas, o projeto aprovado no Congresso Nacional foi sancionado pelo presidente no final do mesmo 31 de março.
Assim como havia acontecido nos dias 8 e 15, o maior ato ocorreu em São Paulo. Os manifestantes se concentraram em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), na avenida Paulista, e, de lá, marcharam até a praça da República. Calcula-se que pelo menos 70 mil pessoas participaram da mobilização.
“Hoje [sexta-feira] é um esquenta para a greve geral que vamos fazer dia 28, que vai parar este Brasil”, disse Sérgio Antiqueira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias no Município de São Paulo (SINDSEP), afiliada à ISP.
Ele explicou que em 12 de abril a categoria realizará, no marco de sua campanha salarial, uma assembleia em frente à Prefeitura de São Paulo. Na ocasião, deverá aprovar a adesão à paralisação geral:
“Todos os segmentos de servidores, de toda a cidade, estarão juntos nessa luta contra a Reforma da Previdência, contra a Reforma Trabalhista, contra esse projeto da terceirização. E também por nossa luta no município, pois também somos contra as terceirizações e privatizações que o prefeito João Doria quer fazer na cidade.”
“A Reforma Trabalhista vai fazer com que os governantes dos municípios e dos estados queiram se livrar do funcionalismo público, com programas de demissão voluntária. É a mesma coisa com o projeto de terceirização. Eles pretendem trazer para o serviço público mais terceirizados do que já estão trazendo. É para ficar livre dos trabalhadores, dos direitos trabalhistas, para ter trabalho precário, para não ter mais funcionalismo público no município, no estado e na União”, completou Antiqueira.
Almir Rogério da Silva, o Mizito, presidente do Sindsaúde ABC e da Federação dos Trabalhadores em Seguridade Social no Estado de São Paulo (FETSS), vê com bastante ânimo a preparação para a greve geral:
“A categoria tem conversado, tem ligado nos sindicatos, se manifestado nas redes sociais. Nossa categoria vai organizar alguma forma de paralisação. Como ela lida com vidas, temos que ter responsabilidade. Mas com vontade de lutar e de vencer”, afirmou.